Teatro: ‘Boa Vida’ leva Portugal aos palcos de Paris
Continua em cena, no Théâtre Clavel a peça «Boa Vida» escrita e encenada por Nathalie Maia, na sua própria companhia de teatro les Créatores. A peça aborda uma questão tão complexa como a adolescência. Fala de Ana (Emmanuelle Cousin), uma jovem luso-descendente em plena crise de adolescência. Acusada de ser “gorda” pelo pai, cria uma situação de não-diálogo na família, que acaba de forma dramática. "Gosto deste tipo de personagem, em que tenho de transmitir emoções fortes” disse ao LusoJornal a jovem actriz.
“Quando a Nathalie me disse que situava a história no seio de uma família imigrante de Portugal, achei uma boa ideia,porque se fala pouco dos Portugueses nas peças de teatro”. Nathalie Maia inspirou-se da sua própria família e dos amigos para situar a história. “A Ana podia ser uma adolescente filha de uma qualquer outra família. Os seus problemas não são propriamente portugueses, mas como eu sou portuguesa, preferi situar a cena num contexto que nós todos, filhos de Portugueses, conhecemos” diz a sorrir.
Nathalie Maia escolheu para actores, os colegas do terceiro ano do Cours Florent que frequênta. Jean-Christophe Bezaud, no papel de José, o Pai e Alina Cicani, no papel de Emília, a Mãe (que por uma vez, não se chama Maria)! “Eu não fiz nenhum esforço para encarnar esta personagem. Basta olhar para a minha própria mãe” disse ao Luso-Jornal. “Os meus pais vêm dos países de Leste e eu reconheço que têm o mesmo pensar que a Nathalie situou na família portuguesa: vieram para França para trabalhar muito e deixar uma boa situação aos filhos”.
No espetáculo entra ainda Alexis Loubières, no papel do amigo Stéphane e Sophie Pereira, prima de Nathalie Maia, no papel da psicóloga. “Somos naturais de Espire, perto de Leiria” diz Sophie Pereira. “Mas há muito tempo que não vou a Portugal. Por isso, esta peça permitiu-me reativar contactos com as minhas origens e isso emociona-me muito”.
Nathalie Maia também é actriz “mas decidi não entrar no meu próprio espetáculo, até porque queria ter o recuo suficiente para encenar a peça” disse ao LusoJornal. No palco não falha o malhão do Roberto Leal, o jornal A Bola, um relato de um jogo de futebol e evoca até a célebre Mão de Vata, num dos jogos mais importantes entre equipas francesas e equipas portuguesas. “As pessoas riem com isso e é uma forma de mostrar que eu sou portuguesa”.
A peça está em cena até ao dia 31 de Março. A não perder!
Théâtre Clavel, 3 rue Clavel, Paris 19
■ Carlos Pereira, LusoJornal n°245, 24/02/2010
25 fevereiro, 2010
12 fevereiro, 2010
Bolsas Criar Lusofonia
Candidaturas até 19 de Fevereiro de 2010
O Centro Nacional de Cultura e a Direcção Geral do Livro e Bibliotecas anunciam a abertura da edição 2009 /2010 do Concurso “Bolsas Criar Lusofonia”, na área da Literatura. Este concurso tem por objectivo a atribuição de bolsas no domínio da escrita para estadas de longa duração em países da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, pretendendo-se criar oportunidades de contacto aprofundado com outros países lusófonos aos escritores/investigadores de língua portuguesa a fim de produzirem uma obra destinada à divulgação no espaço lusófono.
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O Centro Nacional de Cultura e a Direcção Geral do Livro e Bibliotecas anunciam a abertura da edição 2009 /2010 do Concurso “Bolsas Criar Lusofonia”, na área da Literatura. Este concurso tem por objectivo a atribuição de bolsas no domínio da escrita para estadas de longa duração em países da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa, pretendendo-se criar oportunidades de contacto aprofundado com outros países lusófonos aos escritores/investigadores de língua portuguesa a fim de produzirem uma obra destinada à divulgação no espaço lusófono.
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11 fevereiro, 2010
'A casa que eu quero' (cinema documentário)
As estórias da emigração, com testemunhos recolhidos em seis 'maisons' da pequena aldeia de Vascões, em Paredes de Coura, fazem o enredo do filme 'A casa que eu quero', cuja antestreia decorre hoje na Cinemateca Portuguesa, em Lisboa. 'O filme é o resultado das visitas que fizemos a seis casas de emigrantes dessa aldeia, guiadas pelos próprios proprietários. À medida que nos iam mostrando cada compartimento, iam desfiando memórias do tempo passado no estrangeiro', explicou à Lusa, uma das realizadoras. Com 65 minutos de duração, o documentário mostra a casa fechada onde se pode brincar, as janelas que se abrem, a casa de pedra, um vestido de noiva, as plantas de que ninguém cuida durante meses, cabras, porcos e cavalos, os dias de chuva ou a piscina sem ser usada. Notícia completa (Correio do Minho)
05 fevereiro, 2010
Regresso à Terra (filme de Catarina Alves Costa, 1992)
Dia 8 de Fevereiro, 2ª feira, às 18h na CinematecaPortuguesa, sala Luís de Pina, filme cujo tema central é a emigraçãoportuguesa e o retorno a uma comunidade do Minho. REGRESSO À TERRA, um filme que regista a vida numa pequena comunidade do Minho, onde a chegada dos emigrantes durante a época estival sublinha a noção da pertença à terra e às suas tradições rurais. Ganhou o prémio de melhor filme de escola no Festival Internacional de Cinema Etnográfico de Gottingen de 1993, mas esta será a sua primeira exibição pública em Portugal.
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